Após reação contrária de estudantes do curso de Medicina, a Universidade Estadual de Londrina (UEL) decidiu anular os editais para seleção de candidatos aos programas de residência do Hospital Universitário (HU) que contemplavam também Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Odontologia, Multiprofissional Saúde da Família e Multiprofissional Saúde da Mulher. A decisão, segundo a universidade, atende recomendação da Procuradoria Jurídica (PJU), que apontou a necessidade de ajustes nos procedimentos de seleção.
O edital provocou polêmica e revolta em estudantes de Medicina ao disponibilizar apenas para cotistas pretos, pardos e PcDs (pessoas com deficiência) especialidades como cirurgia do aparelho digestivo, dermatologia, oftalmologia e psiquiatria.
Juntamente com a anulação, a UEL também divulgou um novo cronograma de inscrições, data de provas e prazo para divulgação do resultado final do processo. Em nota, a universidade informou que novos editais de seleção para as residências serão divulgados no próximo dia 5 de novembro, sem qualquer prejuízo para os candidatos, que poderão aproveitar a inscrição já realizada.
“A Universidade ressalta o compromisso em garantir o direito à ampla concorrência de todos os inscritos, bem como o cumprimento da legislação que estabelece a necessidade de reserva de vagas destinadas a ações afirmativas, conforme entendimento da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), do Ministério da Educação. A UEL é pioneira na implantação de cotas raciais e sociais na graduação, há 20 anos, tendo implantado em 2021 as ações afirmativas, com reserva de vagas nos cursos de mestrado e doutorado”, afirma a nota divulgada pela UEL.
Da Redação
Foto: Roberto Dziura Jr./AEN
