A Guarda Revolucionária do Irã anunciou que Ismail Haniyeh, líder do grupo terrorista Hamas, foi assassinado em Teerã, no Irã. O comunicado iraniano não forneceu detalhes sobre as circunstâncias da morte de Haniyeh. A televisão estatal iraniana noticiou o assassinato na manhã desta quarta-feira (31).
Haniyeh estava em Teerã para comparecer à cerimônia de posse do presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, na terça-feira, dia 30. O Irã não deu detalhes sobre como Haniyeh foi morto, e a Guarda disse que o ataque estava sob investigação.
O vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, também estava presente no evento e apareceu ao lado de Haniyeh horas antes do assassinato. O político foi o representante do governo brasileiro na cerimônia, que contou com a presença de outros líderes de grupos extremistas, como Hezbollah, Jihad Islâmica e Houthis.
Alckmin foi convidado para o jantar oficial oferecido pelo presidente do Irã, que foi realizado nesta terça (30). Nesta quarta (31), consta na agenda do vice-presidente um encontro com Pezeshkian e reuniões com empresários iranianos.

Geraldo Alckmin (à esquerda) sentado na mesma fileira que Ismail Haniyeh (à direita). Foto: Reprodução/Press TV.
A responsabilidade pelo ataque não foi imediatamente reivindicada, mas suspeitas recaem sobre Israel, que havia prometido retaliar os líderes do Hamas após o ataque do grupo em 7 de outubro, que resultou na morte de 1.200 pessoas e cerca de 250 reféns.
Israel, conhecido por sua política de não comentar ações atribuídas à sua agência de inteligência, o Mossad, não se manifestou sobre o incidente. Nos últimos anos, Israel tem sido acusado de realizar uma campanha de assassinatos visando cientistas nucleares iranianos e figuras ligadas ao programa nuclear do país.
Desde o início de sua campanha contra o Hamas, Israel é acusado de matar mais de 39.360 palestinos e ferir mais de 90.900, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, que não distingue entre civis e combatentes.
A Casa Branca não se manifestou de imediato sobre o caso. O aparente assassinato ocorre em um momento delicado, com o governo Biden tentando pressionar Hamas e Israel a aceitarem ao menos um cessar-fogo temporário e um acordo para a libertação de reféns.
Da Redação
Foto: Fatemeh Barahmi/Getty Images
(Com informações do Estadão Conteúdo)