Eleição Londrina
Sem candidatos que empolguem o eleitor, pelo menos até agora, a disputa pela Prefeitura de Londrina promete ser das mais acirradas dos últimos anos, é o que aponta nova pesquisa de intenção de voto, divulgada esta semana pelo Instituto Paraná Pesquisa. No primeiro cenário, na estimulada o deputado estadual Tiago Amaral (PSD), com 21,9%, tem vantagem considerável de cinco pontos percentuais para o segundo colocado, o ex-prefeito Barbosa Neto (PDT), com 16,8%, e que tecnicamente está empatado com outros três pré-candidatos, a ex-secretária municipal de Educação Maria Tereza (PP), com 15%, o ex-comandante do 5º Batalhão da PM, Coronel Villa (PSDB) e o deputado estadual Tercílio Turini (MDB), os dois com 13,5%. O deputado federal Diego Garcia (Republicanos) tem 3,3%, e a educadora Isabel Diniz (PT), 1,8%.
Cenário sem Barbosa
Na pesquisa estimulada sem Barbosa Neto, Tiago Amaral consegue vantagem ainda maior, quase dez pontos, e soma 27,6%. Maria Tereza cresce dois pontos e chega a 17,8%. Mas, Turini, com 16,9%, e Villa, com 16,3%, conseguem se aproximar da candidata do atual prefeito Marcelo Belinati. Mais um empate técnico entre os três. Na consulta sem nomes, 75% dos londrinenses não responderam ou afirmaram não saber em quem votar. A pesquisa entrevistou 800 eleitores entre os dias 6 e 11 de junho e foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o nº PR-08992/2024.
Interino na Educação
Após apresentar, na quarta-feira da semana passada (5), a servidora de carreira da Secretaria Municipal de Educação, Mariângela Bianchini, para o lugar de Maria Tereza Paschoal de Moraes, com a presença do prefeito Marcelo Belinati (PP) em solenidade e reportagem em seu blog oficial, a Prefeitura de Londrina publicou em seu Jornal Oficial do dia seguinte (6) a nomeação do atual chefe de Gabinete, José Otávio Sancho Ereno, para comandar a secretaria de forma cumulativa.
Deixou no vácuo
Mariângela Bianchini atuava como diretora pedagógica da pasta e foi o braço direito de Maria Tereza, agora pré-candidata à Prefeitura com apoio de Belinati, em seus sete anos e meio como secretária. O Núcleo de Comunicação do Município diz que a nomeação de Ereno foi apenas uma formalidade para não “haver vácuo” na gestão da pasta e que ela é “a secretária efetiva”, mas não respondeu por que Bianchini deixou de assumir, oficialmente, a secretaria no mesmo dia ou no dia seguinte ao de sua apresentação. Ela é graduada em Pedagogia pela UEL e tem pós-graduação em três áreas: Educação Infantil; Didática e Fundamentos Teóricos da Prática Pedagógica; e Legislação Educacional.
Mudança na CMTU
Outra mudança de cargo vai ocorrer na CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização). O então diretor-presidente, Marcelo Cortez, assumiu na última semana a Secretaria Municipal de Planejamento em lugar de Marcelo Canhada, que pode disputar as eleições municipais. Nos bastidores, o nome do jornalista Neto Almeida, atual assessor de Comunicação da companhia, é o mais cotado para comandar o órgão. A nomeação depende de aprovação do conselho da CMTU, que é uma companhia de organização mista. O que se diz é que Neto Almeida assume a pasta na próxima semana.
Adolescentes e álcool na Paranaguá
Apesar da ausência de vários convidados, entre eles representantes do Conselho Tutelar, Nucria da Polícia Civil, Ministério Público e Guarda Municipal, a Comissão de Defesa dos Direitos do Nascituro, da Criança, do Adolescente e da Juventude da Casa, realizou, na última quarta-feira (12), uma reunião pública para discutir o consumo de bebidas alcoólicas por adolescentes na rua Paranaguá. Participaram do encontro representantes da PM, de bares e moradores da região.
Vereadora denuncia vandalismo
“Essa reunião não foi contra os bares, foi para chamar a atenção para o que ocorre em um ponto específico da Paranaguá. Entre as ruas Piauí e a Pará. Vândalos estão pichando, deixando sujeira, fazem xixi e deixam fezes. E aquele lugar está virando um ponto de encontro de menores de idade que querem beber. Não que os empresários estejam vendendo, mas os adolescentes estão trazendo de outros locais”, disse a presidente da Comissão, vereadora Jessicão (PP).
Dono de bar cobra mais fiscalização
Vinícius Máximo, proprietário de um bar na Paranaguá, afirmou que os estabelecimentos já tomam medidas para evitar o problema, como não permitir a saída de clientes com bebidas, não vender para menores e fechar as portas mais cedo. Ele pediu uma fiscalização mais efetiva dos órgãos públicos, já que elas vêm ocorrendo, apenas, até as 22 horas, quando o movimento maior é por volta da meia-noite.
Abrabar aponta “boi de piranha”
João Guilherme Varela, da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrabar) foi outro que criticou o fato de alguns culparem apenas os estabelecimentos e afirmou que a Paranaguá está sendo usada como “boi de piranha”. Vale lembrar que o projeto do novo Código de Posturas Municipal, enviado pela Prefeitura à Câmara, proíbe os bares na Paranaguá.
PM sugere câmaras de monitoramento
O capitão Castro, representante do 5º Batalhão da PM, afirmou que a aglomeração de pessoas bebendo, incluindo adolescentes, também ocorre em outros pontos da cidade e que a PM não consegue permanecer em todos eles. Sobre os casos envolvendo menores, o capitão disse que cabe ao Conselho Tutelar acompanhar a situação. Segundo Castro, a perturbação do sossego não é causada pelos bares, mas pela aglomeração na rua e pelos carros e motos barulhentos, que realizam manobras perigosas. Para o capitão, uma solução poderia ser a implantação de câmeras monitoradas por agentes, para comprovar irregularidades e autuar infratores.
‘Exército do WhatsApp’
Mesmo após a vitória do PT nas eleições de 2022, grupos de WhatsApp formados para a campanha seguem ativos. Segundo reportagem do Estadão, publicada esta semana, desde o fim da Operação Lava Jato o Instituto Lula mobilizou cerca de 100 mil militantes para espalhar mensagens a favor do petista e contra Bolsonaro. A reportagem afirma também que a ideia teria sido de Paulo Okamotto, ex-presidente da entidade e coordenador da campanha de Lula. Atualmente, os grupos estariam sendo utilizados pela equipe do ministro, Paulo Pimenta, quando chefiava a Secretaria de Comunicação Social, e, ainda de acordo com o Estadão, membros do Palácio do Planalto também despachariam, diariamente, com integrantes da versão petista do “gabinete do ódio” de Bolsonaro.
Convocação de mutirões
Segundo Ana Flávia Marques, atual diretora do Instituto Lula, os grupos são mantidos por voluntários e não têm relação formal com a entidade. Um dos objetivos do exército de “voluntários”, afirma a reportagem, seria reverter o apoio a Jair Bolsonaro entre os evangélicos, além de convocar mutirões de denúncias contra postagens de perfis de direita. O Instituto Lula entrou na mira da Lava Jato por conta de doações feitas por empreiteiras. Os casos foram suspensos após o STF decidir que as provas da Operação não poderiam mais ser usadas. Em fevereiro de 2023, o então ministro Ricardo Lewandowski suspendeu o processo envolvendo Okamotto que tramitava na Justiça.
Pedido de CPI
A oposição ao governo na Câmara já está se articulando para aprovar a criação da CPI da Milícia Digital do PT. Líder da bancada na Casa, o deputado federal Filipe Barros (PL-PR), eminência bolsonarista em Londrina e região, também defende uma representação contra o ministro Paulo Pimenta, que na terça-feira (11) participou de audiência de uma audiência na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara para prestar esclarecimentos sobre inquérito da Secom (Secretaria de Comunicação Social) que apura disseminação de fake news em relação à crise climática no Rio Grande do Sul.
Por Redação do Paraná Norte (com informações de Diego Prazeres e Marcos Garrido)
Foto: Reprodução CML